A morte de uma civilização imersa no pecado
Por Luiz Sérgio Solimeo
O mundo ocidental, uma vez cristão, gradualmente se afunda
em um mar de lama em uma escuridão cada vez mais espessa. O vício e o erro são
glorificados como virtude e a verdade é perseguida. As pessoas já não se
vangloriam da justiça moral e do domínio da razão, mas do libertinismo, da
irracionalidade e da "desconstrução" dos conceitos que sustentam a
vida do pensamento.
A crise da família, a perversão da juventude, o crescimento
da violência aleatória e sem sentido, fruto de uma criminalidade cada vez mais intensa,
estão se espalhando pelo dia.
Estamos testemunhando o por do sol tenebroso de uma
civilização; uma nova invasão de bárbaros, não a cavalo através das estepes ou
atravessando audazmente mares em barcos raquíticos: eles nasceram e cresceram
neste mesmo mundo e eles vão destruí-lo. Eles são um fruto da contra-educação
recebida de casas quebradas, escolas, sociedade e uma indústria de mídia e
entretenimento.
Nenhuma civilização pode sustentar-se e progredir sem se
basear em um pensamento lógico e coerente e em uma moral sólida e consistente.
Em outras palavras, a verdade e o bem são o fundamento e os pilares que
sustentam a vida social, cultural e religiosa que dá um sentido de propósito à
vida dos indivíduos e à vida coletiva dos povos. Se isso falta, há um caos nas
mentes das pessoas, em costumes e na sociedade.
A busca frenética por uma liberdade absoluta e desenfreada
levou o homem a abalar todas as restrições impostas pela moral, a lógica e até
a natureza. A desconstrução da verdade e do bem levou-o a
"desconstruir" a realidade de seu próprio corpo negando a evidência
de seu sexo decorrente da anatomia e da fisiologia; e, como conseqüência, ele
mergulha no mundo surreal da cultura homossexual.
Sem a verdade para guiá-lo e moral para governá-lo, o homem
se transformou em destroços à deriva na imensidão do mar, arrastados pelas
ondas sem finalidade ou direção definida.
No Renascimento, quando a civilização ocidental começou a
virar as costas para a "filosofia do Evangelho", que, nas palavras do
Papa Leão XIII, caracterizou a cristandade medieval, marcou o início de um
longo processo de apostasia que chegou até ao virtualmente ateísmo de hoje
sociedade.1
Ao rejeitar o cristianismo, essa civilização decadente
rejeitou o Cristo; e rejeitando aquele que é a própria verdade, começou a amar
o erro e um mundo de irrealidade e fantasia. Ao se afastar da verdade e do bem,
essa sociedade começou a buscar satisfação no pecado, afundando-se no pecado e
se revoltando contra Deus.
Esta é a razão pela qual essa civilização está morrendo;
pois, como nos lembra São Paulo, o "salário do pecado é a morte" 2.
Notas de rodapés
1 Cfr. Plinio Corrêa de Oliveira, Revolution
and Counter-Revolution, at http://www.tfp.org/tfp-home/books/revolution-and-counter-revolution.html
2Rom. 6:23
Este artigo foi traduzido pelo Cruzado Conservador. Ave Maria! Deus Vult!
Comentários
Postar um comentário